As
principais conseqüências da perda auditiva na infância são: distúrbio no
aprendizado da linguagem, com possível atraso da aquisição de linguagem oral,
distúrbios de atenção, de compreensão, de
leitura e alterações de comportamento social.
A deficiência auditiva mínima (perda auditiva leve) com pouco prejuízo para um adulto, pode representar dificuldades importantes para as crianças, como não perceberem todos os fonemas igualmente e não ouvirem a voz em intensidade fraca ou distante. Geralmente estas crianças são consideradas desatentas e costumam pedir para que os outros repitam o que disseram. Além disto, uma perda leve dificulta discriminação e percepção de alguns sons da fala, como as consoantes surdas (/s/, /p/, /t/, /k/, /f/, /th/, /sh/), que precisam de um mínimo de energia, onde em conversação rápida, caem abaixo do limiar de audição normal.
O tratamento pode demandar a utilização de prótese (AASI) e/ou outros meios de amplificação do sinal sonoro, acompanhamento médico, orientação familiar e escolar, e fonoterapia.
Fonte: Pediatria (Sao Paulo) 2007;29(1):43-49